“Um pouco de imperfeição não é assim tão mau
Um pouco de imperfeição não nos deve pôr tristes”. (…)
(...) “Um pouco de imperfeição no sítio perfeito
pode fazer com que este mundo não tão perfeito
seja mais fácil de enfrentar (…).
(…) nós poderíamos caminhar na direcção certa
se aprendêssemos a viver com um pouco de imperfeição”(...)
Um pouco de imperfeição não nos deve pôr tristes”. (…)
(...) “Um pouco de imperfeição no sítio perfeito
pode fazer com que este mundo não tão perfeito
seja mais fácil de enfrentar (…).
(…) nós poderíamos caminhar na direcção certa
se aprendêssemos a viver com um pouco de imperfeição”(...)
--
Kathy Schinskimb
A Intervenção Precoce na Gaguez
--Kathy Schinskimb, através do seu pensamento, alertou-nos para uma situação deveras pertinente. As “pequenas” imperfeições que eventualmente as crianças possam ter e que nem sempre são levadas a sério, sob o ponto de vista clínico - é o caso da Gaguez ou Dislalia. Embora muitas crianças tenham esta patologia, a verdade é que as famílias, a escola, raramente procuram intervir de forma a que a criança ultrapasse este problema, que muitas vezes tem consequências menos agradáveis para a mesma.
--As hesitações, as repetições e a demora na emissão das palavras, são algumas das suas manifestações, bem como, o prolongamento anormal dos sons; Alguns investigadores, concluem que a gaguez se deve a uma forma subtil de lesão cerebral, outros ainda consideram-na como um problema essencialmente psicológico. A hereditariedade também se inclui como uma das possíveis causas, pois é vulgar esta perturbação da linguagem surgir em pessoas cujas as famílias tenham casos de gaguez, por exemplo, avós, pais ou irmãos, ou simplesmente manifestar-se até em indivíduos que na fase da aquisição da linguagem sejam sujeitos ao convívio com pessoas gagas. Daí se poder concluir que o meio é muito importante para o surgimento desta perturbação da fala.
--A Gaguez pode afectar psicologicamente a criança, inibindo o seu convívio social, a sua auto-estima. O rendimento escolar intensifica-se de forma negativa, em situações de grande pressão, ou seja, sempre que existam ou surjam acontecimentos com um elevado nível de stress ou ansiedade, esta perturbação da fala será também ela intensificada, podendo gerar dificuldades e consequentemente o insucesso escolar, se a criança não for devidamente acompanhada.
--De acordo com Luís de Miranda (1999), a gaguez dá-se a partir das dificuldades de articulação normais, comuns a todas as crianças por volta dos três anos de idade, sendo que a maior parte das crianças atravessa esta fase sem problemas, mas em algumas esta dificuldade normal, pode transformar-se em gaguez.
--É neste sentido que consideramos que a Intervenção Precoce, nestas crianças, é de todo fundamental.
--Há quem defenda que esta perturbação da fala pode ser tratada em escolas especializadas com métodos próprios. Por outro lado é também amplamente defendido, que a aplicação da Terapia da Fala e suas técnicas melhora substancialmente as manifestações da fala do indivíduo, tais como o canto, representações teatrais, e outras. A prática de exercícios respiratórios, é outra recomendação efectiva (treinos respiratórios lentos e controlados e combinados com movimentos coordenados).
--O diagnóstico e a intervenção, são fundamentais para o sucesso terapêutico, visto que a criança apresenta condições mais favoráveis para a aprendizagem de novas competências, entre elas, a fluência, nomeadamente nos anos pré-escolares.
--A participação dos familiares e professores é fundamental nesta fase da vida da criança, pois ela imitará os modelos de fala a que estiver exposta, daí a importância destes intervenientes na gaguez infantil. A Intervenção Precoce neste domínio adquire um contorno fundamental porque em alguns casos, “resultados positivos são frequentes num período curto de tempo, que de outra forma, se negligenciada na idade pré-escolar poderá tornar-se numa gaguez persistente” (Miranda, 1999). Então podemos dizer, que o trabalho integrado com a família é fundamental, visto esta ter o principal papel de interlocução com a criança no acto de comunicar.
--Assim sendo, neste microsistema (M.E.D. de Bronfenbrenner) íntimo e próximo da criança, a fala tornar-se-á tanto mais fluente, se quem interage com ela, tiver uma postura facilitadora, ou não. O trabalho conjunto do terapeuta com a família poderá propiciar resultados mais positivos, sendo que, haverá trabalho de continuidade da fluência do discurso, trabalhado e adquirido na terapia para o lar. Ou seja, é fundamental que sejam dadas orientações específicas aos familiares que vivam com a criança, para que possam ter e transmitir um modelo de fala, o mais adequado possível à fluência trabalhada pelo técnico. É por isso fundamental, que a família saiba como fazer, o que fazer, perante um quadro de gaguez.
--Há, assim, vários objectivos a trabalhar com a família, destacando-se em primeiro lugar a compreensão e sensibilização desta problemática junto dela. A valorização da qualidade das interacções diárias com a criança revela-se primordial. Não menos importante, é saber operacionalizar modelos de comunicação que facilitem os actos de fala (fala mais lenta, fácil e relaxada, aumentar o tempo das pausas nas conversações, promover momentos de silêncio para escutar).
--Nesta intervenção, a família deve ser alertada, instruída para que haja uma efectiva diminuição do facto ansiedade, devendo esta aprender como contornar as chamadas palavras problemáticas, evitando a sua pronunciação, aprender a falar mais pausadamente, e também exercícios respiratórios favoráveis ao relaxamento. Esta não deverá dizer à criança para não ter medo de falar, para ficar calma ou para respirar antes de falar, pois tais conselhos só servirão para agudizar a sua ansiedade. Deve também, estar atenta na criação e manutenção de rotinas, ou seja, nos horários para comer, para dormir, para ir para a escola, pois podem parecer questões de menor importância, mas que na realidade assumem grande relevância, se pensarmos que alterações de rotinas podem criar ou aumentar o estado de ansiedade numa criança gaga.
-- Neste âmbito, é de todo relevante evitar discutir na frente dela e deve-se valorizar o que ela diz, ouvindo-a realmente e dando-lhe a devida atenção e paciência. Esta atitude positiva, melhorará a auto-estima da criança, deve-se por isso elogiá-la sempre que possível. Deve-se transformar os momentos de
diálogo com a criança em momentos agradáveis, fazendo uso sempre que desejável do reforço positivo.
--O relacionamento positivo entre estes intervenientes, será fonte de uma sociabilização efectiva e facilitada, quer no seu presente, quer no seu futuro.
--Kathy Schinskimb, através do seu pensamento, alertou-nos para uma situação deveras pertinente. As “pequenas” imperfeições que eventualmente as crianças possam ter e que nem sempre são levadas a sério, sob o ponto de vista clínico - é o caso da Gaguez ou Dislalia. Embora muitas crianças tenham esta patologia, a verdade é que as famílias, a escola, raramente procuram intervir de forma a que a criança ultrapasse este problema, que muitas vezes tem consequências menos agradáveis para a mesma.
--As hesitações, as repetições e a demora na emissão das palavras, são algumas das suas manifestações, bem como, o prolongamento anormal dos sons; Alguns investigadores, concluem que a gaguez se deve a uma forma subtil de lesão cerebral, outros ainda consideram-na como um problema essencialmente psicológico. A hereditariedade também se inclui como uma das possíveis causas, pois é vulgar esta perturbação da linguagem surgir em pessoas cujas as famílias tenham casos de gaguez, por exemplo, avós, pais ou irmãos, ou simplesmente manifestar-se até em indivíduos que na fase da aquisição da linguagem sejam sujeitos ao convívio com pessoas gagas. Daí se poder concluir que o meio é muito importante para o surgimento desta perturbação da fala.
--A Gaguez pode afectar psicologicamente a criança, inibindo o seu convívio social, a sua auto-estima. O rendimento escolar intensifica-se de forma negativa, em situações de grande pressão, ou seja, sempre que existam ou surjam acontecimentos com um elevado nível de stress ou ansiedade, esta perturbação da fala será também ela intensificada, podendo gerar dificuldades e consequentemente o insucesso escolar, se a criança não for devidamente acompanhada.
--De acordo com Luís de Miranda (1999), a gaguez dá-se a partir das dificuldades de articulação normais, comuns a todas as crianças por volta dos três anos de idade, sendo que a maior parte das crianças atravessa esta fase sem problemas, mas em algumas esta dificuldade normal, pode transformar-se em gaguez.
--É neste sentido que consideramos que a Intervenção Precoce, nestas crianças, é de todo fundamental.
--Há quem defenda que esta perturbação da fala pode ser tratada em escolas especializadas com métodos próprios. Por outro lado é também amplamente defendido, que a aplicação da Terapia da Fala e suas técnicas melhora substancialmente as manifestações da fala do indivíduo, tais como o canto, representações teatrais, e outras. A prática de exercícios respiratórios, é outra recomendação efectiva (treinos respiratórios lentos e controlados e combinados com movimentos coordenados).
--O diagnóstico e a intervenção, são fundamentais para o sucesso terapêutico, visto que a criança apresenta condições mais favoráveis para a aprendizagem de novas competências, entre elas, a fluência, nomeadamente nos anos pré-escolares.
--A participação dos familiares e professores é fundamental nesta fase da vida da criança, pois ela imitará os modelos de fala a que estiver exposta, daí a importância destes intervenientes na gaguez infantil. A Intervenção Precoce neste domínio adquire um contorno fundamental porque em alguns casos, “resultados positivos são frequentes num período curto de tempo, que de outra forma, se negligenciada na idade pré-escolar poderá tornar-se numa gaguez persistente” (Miranda, 1999). Então podemos dizer, que o trabalho integrado com a família é fundamental, visto esta ter o principal papel de interlocução com a criança no acto de comunicar.
--Assim sendo, neste microsistema (M.E.D. de Bronfenbrenner) íntimo e próximo da criança, a fala tornar-se-á tanto mais fluente, se quem interage com ela, tiver uma postura facilitadora, ou não. O trabalho conjunto do terapeuta com a família poderá propiciar resultados mais positivos, sendo que, haverá trabalho de continuidade da fluência do discurso, trabalhado e adquirido na terapia para o lar. Ou seja, é fundamental que sejam dadas orientações específicas aos familiares que vivam com a criança, para que possam ter e transmitir um modelo de fala, o mais adequado possível à fluência trabalhada pelo técnico. É por isso fundamental, que a família saiba como fazer, o que fazer, perante um quadro de gaguez.
--Há, assim, vários objectivos a trabalhar com a família, destacando-se em primeiro lugar a compreensão e sensibilização desta problemática junto dela. A valorização da qualidade das interacções diárias com a criança revela-se primordial. Não menos importante, é saber operacionalizar modelos de comunicação que facilitem os actos de fala (fala mais lenta, fácil e relaxada, aumentar o tempo das pausas nas conversações, promover momentos de silêncio para escutar).
--Nesta intervenção, a família deve ser alertada, instruída para que haja uma efectiva diminuição do facto ansiedade, devendo esta aprender como contornar as chamadas palavras problemáticas, evitando a sua pronunciação, aprender a falar mais pausadamente, e também exercícios respiratórios favoráveis ao relaxamento. Esta não deverá dizer à criança para não ter medo de falar, para ficar calma ou para respirar antes de falar, pois tais conselhos só servirão para agudizar a sua ansiedade. Deve também, estar atenta na criação e manutenção de rotinas, ou seja, nos horários para comer, para dormir, para ir para a escola, pois podem parecer questões de menor importância, mas que na realidade assumem grande relevância, se pensarmos que alterações de rotinas podem criar ou aumentar o estado de ansiedade numa criança gaga.
-- Neste âmbito, é de todo relevante evitar discutir na frente dela e deve-se valorizar o que ela diz, ouvindo-a realmente e dando-lhe a devida atenção e paciência. Esta atitude positiva, melhorará a auto-estima da criança, deve-se por isso elogiá-la sempre que possível. Deve-se transformar os momentos de
diálogo com a criança em momentos agradáveis, fazendo uso sempre que desejável do reforço positivo.
--O relacionamento positivo entre estes intervenientes, será fonte de uma sociabilização efectiva e facilitada, quer no seu presente, quer no seu futuro.
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Bibliografia:
·CORREIA, Luís de Miranda (1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares, Porto. Porto Editora
·CORREIA, Luís de Miranda (1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares, Porto. Porto Editora
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